Os Diferentes Tipos de Coqueteleiras
23/08/20205 Tipos de Copo para Cocktail
16/09/2020O sabor amargo da água tônica é considerado o melhor amigo do gin. A verdade é que essa combinação clássica tem uma história longa e rica em todo o mundo, até mesmo desempenhando um papel muito importante durante a expansão do próspero império britânico no século 18. Abaixo desbravamos os principais pontos da história da água tônica.
A Descoberta da Água Carbonatada
Para falarmos sobre a água tônica precisamos passar pela história da água carbonatada, ou como simplesmente a conhecemos, água com gás, já que sem ela não temos a tônica.
Séculos antes dos cientistas descobrirem como acrescentar o dióxido de carbono (CO2) na água, as pessoas consumiam água carbonatada apenas de fontes naturais. Ela era muito apreciada devida a suas propriedades únicas. Então, por volta de 1767, Joseph Priestly suspendeu um balde de água acima do tanque de fermentação de uma cervejaria local. Ele descobriu que isso resultava em uma água borbulhante, refrescante e agradável.
Cinco anos depois, Priestly publicou um artigo sobre carbonatação de água dissolvendo uma combinação de ácido sulfúrico e giz nela. Mais tarde naquele século, um empresário chamado Johann Jacob Schweppe usou essa abordagem para criar um processo para carbonatar a água mineral.
O Que é Uma Água Tônica
A água tônica na prática é um refrigerante com gás que muitas vezes confundimos com uma garrafa de água com gás na geladeira (acontece as vezes). A maior parte dos ingredientes da água tônica moderna consiste em água gaseificada, muito açúcar e apenas uma pequena quantidade de quinino para dar um sabor amargo distinto.
Tá, Mas o Que é a Quinina?
A quinina é um composto amargo extraído da casca da árvore Cinchona. O nome foi derivado da palavra original quíchua (inca) para a casca de cinchona, ‘quina’ ou ‘quina-quina’, que significa “casca de casca” ou “casca santa”. A prática de consumir o extrato de casca da árvore Cinchona foi utilizada pela primeira vez por populações indígenas em áreas como Peru e Equador, que reconheceram a casca por suas propriedades curativas muito antes de apresentá-la aos exploradores espanhóis no século 17. O quinino foi usado por muitas tribos locais na área como relaxante muscular para esfriar os tremores em clima frio, mas foi somente quando esse composto foi adotado pelos europeus que seu novo uso como medicamento anti malária foi descoberto.
Nasce a Água Tônica
Durante esse período, a Grã-Bretanha também estava correndo para colonizar o mundo. Mas nas colônias, a malária estava correndo desenfreada, matando cidadãos britânicos e moradores locais. Embora a Europa tenha começado a erradicar a doença no século 19, ela ainda era predominante nas partes recém-colonizadas do mundo.
No século 17, os exploradores espanhóis descobriram que os peruanos indígenas usavam casca de cinchona para tratar febres – e que era eficaz. Apelidada de “casca do jesuíta” para os missionários que, segundo se pensa, a trouxeram de volta à Europa, a casca de cinchona rapidamente se tornou o principal tratamento contra a malária no continente.
À medida que o seu uso se espalhava, tornou-se aparente que o teor em quinino da casca amarga podia tratar e prevenir a malária. Na década de 1840, apenas os colonos britânicos na Índia ingeriam 700 toneladas da casca por ano.
As tropas britânicas na Índia colonial começaram a experimentar maneiras de tornar seus tônicos genéricos de malária mais palatáveis. A casca de Cinchona é extremamente amarga, então alguém a misturou com açúcar, limão e água gaseificada para torná-la mais saborosa. Em 1858, foi comercializado pela primeira vez. Na mesma época, o gin estava perdendo sua reputação menos positiva para se tornar uma bebida mais respeitável. Assim, nasceu um clássico.
Ficou mais inspirado agora? Nosso blog está cheio de dicas legais sobre curiosidades do Gin. Acesse aqui. Aproveite e faça sua inscrição na Newsletter, para ficar por dentro de todas as novidades aqui no blog da Southwest Destilaria.